domingo, 20 de janeiro de 2013

Como é que a Web 2.0 tem vindo a moldar o Jornalismo?

E visto que o "Information in a Social Era" se insere no âmbito da Unidade Curricular Media Participativos, do Programa Doutoral em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais, deve contextualizar-se o que é a produção de conteúdos jornalísticos para os meios em rede.
Vivemos num período em que a velocidade de obtenção das notícias é extremamente exigente. Os meios de comunicação social querem ser os primeiros a divulga-las e o público quer ser informado seja através de que meio seja.
Neste sentido, os meios tradicionais, jornais, rádios ou televisões, sentiram a necessidade de transporem as barreiras do seu meio “primitivo” para plataformas com potencialidades, a maior parte das vezes, pouco exploradas.
Nos dias de hoje, não podemos refletir sobre jornalismo, sem pensarmos sobre Jornalismo Online. Aliás, Jornalismo Online, Ciberjornalismo ou mesmo Webjornalismo, são tudo expressões utilizadas devido à instituição de produção e disponibilização de conteúdos através da Internet. (BASTOS, 2011) 
O jornalismo vive, dede os anos 90, uma crescente crise económica. No entanto, com o boom e queda das empresas (ponto)com, passou-se de um paradigma de revolução digital, onde os novos media viriam substituir os tradicionais, para um paradigma de convergência onde todos os media interagem de forma cada vez mais complexa. (JENKINS, 2009)
Os media tradicionais têm-se vindo a mostrar lentos no que diz respeito às mudanças no comportamento social, as audiências têm necessidade de interagir quer entre si, quer com o produtor da notícia que estão a ler. (MILLS, 2012) Assistimos, então, à disponibilização de diversas plataformas, que têm vindo a formar verdadeiras comunidades online.
Deixou de ser suficiente o consumo de conteúdos apenas ao final do dia via “telejornal”, ou o esperar pelo dia seguinte para ser informado das notícias, de ontem, através dos meios impressos. Nos dias de hoje, o cidadão comum, munido do seu dispositivo móvel, consome notícias a toda a hora, em todo o lado.
Em divagações pelo YouTube encontrou-se um vídeo que reflete sobre o que era espectável em 2007 ser o media landscape, em como a Web Social iria afectar a forma como as notícias são consumidas, que tipo de realidade iria ser criada ficando à disponibilização de cidadãos e jornalistas. E o facto é que cerca de 7 anos depois, aquilo que poderia parecer futurologia, assume-se como realidade.




Devido à disseminação de plataformas que dão voz ao cidadão comum, que lhes permite influenciar a agenda comentando, produzindo e distribuindo também conteúdos, temos hoje uma democracia bem mais participativa.


Bibliografia

BASTOS, H. (2011) – Ciberjornalismo em Portugal: práticas, papéis e ética. Lisboa, Livros Horizonte;


JENKINS, H. (2009). Cultura da Convergência. 2ª Edição. São Paulo: Aleph;

MILLS, J., EGGLESTONE, P., RASHID, O. & Vaataja, H. (2012). MoJo in action: The use of mobiles in conflict, community and cross-platform journalism. Continuum: Journal of Media & Cultural Studies. Retrived from http://dx.doi.org/10.1080/10304312.2012.706457. doi: 26:5, 669-683;


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